quinta-feira, 15 de julho de 2010
JORNAL CRUZEIRO DO SUL
TEATRO - [ 14/07 ]
Cia. Satélite inicia mostra sobre 15 anos de sua trajetória
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Dionisio Neto não quer mais saber de escrever. "Já falei tudo o que tinha para falar", declara o autor, que sacudiu o teatro brasileiro do fim dos anos 1990 com sua obra jovem e "suja". Seu negócio agora, ele aposta, é mostrar as peças que já fez. "Tenho que trabalhar pelos textos que existem. Remontá-los, levá-los a outros públicos." E é isso que ele concretiza na mostra "Cia. Satélite - 15 anos de Teatro", que começa nesta 5ª feira (15) sua programação.
O evento reúne novos e velhos trabalhos do coletivo. Será inaugurado com a leitura de "Desamor", texto inédito que Walcyr Carrasco concebeu para o grupo. Passará por montagens recentes, como "Desconhecidos", de 2007. Mas tem seu maior chamariz na oportunidade de relembrar as três obras que revelaram Dionisio: "Opus Profundum", "Desembestai" e "Perpétua", que, em breve, deve ser transformada em longa-metragem por José Eduardo Belmonte.
Foi em 1997 que o maranhense mobilizou o Festival de Curitiba com a sua "Trilogia do Rebento". Já era ator de Antunes Filho e Gerald Thomas. Tinha jeito de "enfant terrible" e chegou arrombando a porta da dramaturgia nacional com a sua fusão estranha de dois mundos: misturava a alta cultura às novidades do submundo contemporâneo, compunha uma miscelânea de favela com Godard, de Beatles com Shakespeare e Glauber Rocha. "A gente tem pânico de mofo. O teatro tem de falar dos sentimentos clássicos, mas também tem de falar para as pessoas que vivem agora", resume.
SERVIÇO:
SATÉLITE 15 ANOS. INFLAMÁVEL. (90 lugares). Rua Maria Borba, 87, 2533-8543. R$ 5. Até 15/8. Quinta-feira, 21h, leitura de "Desamor". A partir de sexta-feira: "Seios" (Maria Eugênia de Menezes - AE)
Cia. Satélite inicia mostra sobre 15 anos de sua trajetória
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Dionisio Neto não quer mais saber de escrever. "Já falei tudo o que tinha para falar", declara o autor, que sacudiu o teatro brasileiro do fim dos anos 1990 com sua obra jovem e "suja". Seu negócio agora, ele aposta, é mostrar as peças que já fez. "Tenho que trabalhar pelos textos que existem. Remontá-los, levá-los a outros públicos." E é isso que ele concretiza na mostra "Cia. Satélite - 15 anos de Teatro", que começa nesta 5ª feira (15) sua programação.
O evento reúne novos e velhos trabalhos do coletivo. Será inaugurado com a leitura de "Desamor", texto inédito que Walcyr Carrasco concebeu para o grupo. Passará por montagens recentes, como "Desconhecidos", de 2007. Mas tem seu maior chamariz na oportunidade de relembrar as três obras que revelaram Dionisio: "Opus Profundum", "Desembestai" e "Perpétua", que, em breve, deve ser transformada em longa-metragem por José Eduardo Belmonte.
Foi em 1997 que o maranhense mobilizou o Festival de Curitiba com a sua "Trilogia do Rebento". Já era ator de Antunes Filho e Gerald Thomas. Tinha jeito de "enfant terrible" e chegou arrombando a porta da dramaturgia nacional com a sua fusão estranha de dois mundos: misturava a alta cultura às novidades do submundo contemporâneo, compunha uma miscelânea de favela com Godard, de Beatles com Shakespeare e Glauber Rocha. "A gente tem pânico de mofo. O teatro tem de falar dos sentimentos clássicos, mas também tem de falar para as pessoas que vivem agora", resume.
SERVIÇO:
SATÉLITE 15 ANOS. INFLAMÁVEL. (90 lugares). Rua Maria Borba, 87, 2533-8543. R$ 5. Até 15/8. Quinta-feira, 21h, leitura de "Desamor". A partir de sexta-feira: "Seios" (Maria Eugênia de Menezes - AE)
diário do grande abc
CULTURA & LAZER
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quinta-feira, 15 de julho de 2010 7:28
Cia Satélite comemora 15 anos
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
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Para celebrar seus 15 anos, a Cia Satélite - fundada pelo ator e dramaturgo Dionísio Neto - realiza mostra de repertório com apresentações, exposição fotográfica, leituras dramáticas e workshops. Tudo, a partir de hoje, em sua sede, o cabaré O Inflamável (Rua Maria Borba, 87, São Paulo. Tel.: 2533-8543).
"A companhia nasceu pela minha necessidade de escrever e interpretar um personagem que não existia em nenhuma dramaturgia que eu tinha visto até então, algo mais pop", conta Neto.
"Hoje, trabalhamos em três frentes. Uma delas é a encenação do que escrevo. Outra, a releitura de textos clássicos. A terceira é levar aos palcos novos autores, caso do novelista Walcyr Carrasco", completa.
Essas frentes serão exploradas no festival com apresentações de Seios - que faz parte da trilogia do amor, série de textos que Carrasco escreveu exclusivamente para a Cia Satélite -, Carta ao Pai, de Franz Kafka, e Desconhecidos, texto do próprio Neto.
Ainda, hoje, na abertura, a partir das 19h, será realizada a leitura dramática de Desamor, segundo texto da trilogia do autor global, que estreia em setembro. Em seguida, será aberta exposição de fotos de 25 trabalhos do grupo.
"A trilogia fala do lado obscuro do sexo, do submundo e da redenção. O Walcyr pega personagens undergrounds e mistura com tabus religiosos. Tem um estilo de texto e qualidade de desenvolver personagens que dificilmente se vê."
Carta ao Pai, que narra a correspondência que o traumático Kafka nunca enviou ao pai, preserva as características do texto, mas com levada moderna. "Gostamos de contemporaneizar clássicos. Respeitamos o dramaturgo, mas a parte cênica tem estrutura mais pop." A programação completa pode ser obtida no site www.companhiasatelite.blogspot.com
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quinta-feira, 15 de julho de 2010 7:28
Cia Satélite comemora 15 anos
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
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Para celebrar seus 15 anos, a Cia Satélite - fundada pelo ator e dramaturgo Dionísio Neto - realiza mostra de repertório com apresentações, exposição fotográfica, leituras dramáticas e workshops. Tudo, a partir de hoje, em sua sede, o cabaré O Inflamável (Rua Maria Borba, 87, São Paulo. Tel.: 2533-8543).
"A companhia nasceu pela minha necessidade de escrever e interpretar um personagem que não existia em nenhuma dramaturgia que eu tinha visto até então, algo mais pop", conta Neto.
"Hoje, trabalhamos em três frentes. Uma delas é a encenação do que escrevo. Outra, a releitura de textos clássicos. A terceira é levar aos palcos novos autores, caso do novelista Walcyr Carrasco", completa.
Essas frentes serão exploradas no festival com apresentações de Seios - que faz parte da trilogia do amor, série de textos que Carrasco escreveu exclusivamente para a Cia Satélite -, Carta ao Pai, de Franz Kafka, e Desconhecidos, texto do próprio Neto.
Ainda, hoje, na abertura, a partir das 19h, será realizada a leitura dramática de Desamor, segundo texto da trilogia do autor global, que estreia em setembro. Em seguida, será aberta exposição de fotos de 25 trabalhos do grupo.
"A trilogia fala do lado obscuro do sexo, do submundo e da redenção. O Walcyr pega personagens undergrounds e mistura com tabus religiosos. Tem um estilo de texto e qualidade de desenvolver personagens que dificilmente se vê."
Carta ao Pai, que narra a correspondência que o traumático Kafka nunca enviou ao pai, preserva as características do texto, mas com levada moderna. "Gostamos de contemporaneizar clássicos. Respeitamos o dramaturgo, mas a parte cênica tem estrutura mais pop." A programação completa pode ser obtida no site www.companhiasatelite.blogspot.com
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segunda-feira, 12 de julho de 2010
12/07/2010 - 09h00
Grupo comemora 15 anos com peças e oficinas
Endereço: r. Maria Borba, 87, Vila Buarque, centro, São Paulo, SP. Classificação etária: 16 anos. | LEIA MAIS NO ROTEIRO |
As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações |
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Peetssa/Divulgação |
Cia. Satélite comemora 15 anos com série de apresentações de teatro, incluindo "Perpétua" (foto); evento ocorre até dia 15/8 |
Fundada pelo ator e dramaturgo Dionisio Neto, a companhia Satélite comemora 15 anos com um festival que, durante um mês, mostra o repertório do grupo, além de incluir uma exposição fotográfica, leituras dramáticas e oficinas.
Na quinta-feira (15), o cabaré O Inflamável, sede do Satélite, recebe a leitura do texto inédito "Desamor", de Walcyr Carrasco, e a exposição de fotografias que marcam o trabalho do grupo.
Até o dia 15 de agosto, serão encenadas três peças ("Seios", de Walcyr Carrasco; "Carta ao Pai", de Kafka; e "Desconhecidos", de Dionisio Neto) e nove leituras.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
domingo, 26 de abril de 2009
OLERE OLARA CRITICA
Olerê! Olará!Passa o tempo e os solilóquios de Dionísio Neto, entremeados às suas narrativas, não perdem a força. Desde "Opus Profundum", eles são a prova dos nove de seu alcance como dramaturgo _e uma singularidade artística inusitada nestas praias."Olerê! Olará!", que evoca de modo tão consciente e aprofundado o teatro de revista, ainda lembra mais, ao menos para mim, aquela primeira e explosiva criação musical que aproximou teatro de hip-hop e da cena eletrônica.Como antes, nem tudo neste novo espetáculo dá liga, mas o que dá enche de prazer os sentidos todos. E são pelo menos três descobertas no palco deste novo O Inflamável, "cabaré" em plena boca do luxo, mas a duas quadras do colo do Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho.A dramaticidade de Jeyne Stakflétt na personagem da "neovedete" Elisabeth Vitória Régia I escapa de vez da revista, já perto do final, para entrar nas viagens maiores do raciocínio de Dionísio. É a apoteose, por assim dizer.Antes, Mayana Neiva como Carmen Rosa é a bela voz que garante ser este, de fato, um musical. E Giovanna Velasco, como Lulu Chuva de Prata no primeiro quadro e em outros, confirma que se trata de revista, revisão cômica da atualidade.
por NELSON DE SÁ
BLOG CACILDA
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